Para quem acompanha desportos motorizados como Formula 1, WRC, MotoGP ou Dakar já está habituado aos regulamentos que limitam bastante o desenvolvimento de cada veículo, e às constantes alterações desses regulamentos, geralmente polémicas.
Cilindrada máxima, nº de cilindros, peso mínimo, restritores de potência, controlo de tracção, curso das suspensões, limitação de testes... tudo isto não faz sentido na Baja Score, onde os regulamentos são muito simples. Basicamente apenas garantem os elementos de segurança e diferenciam as várias classes de veículos, pelo que temos os gigantes trophy truck com 800cv e os artesanais buggys e VW carocha.
Ao contrário da generalidade das provas de off-road, aqui o percurso é divulgado antes. E para uma boa classificação é obrigatório fazer bastantes kms de “pre-run”, ou seja, o reconhecimento de todo o percurso sem qualquer limitação, e ao contrário do WRC pode-se fazê-lo num veículo de competição.
A prova decorre em linha, sem paragens intermédias do cronómetro. Há a obrigatoriedade de passar por pontos de controlo mas sem existir qualquer cronometragem intermédia, pelo que ninguém sabe a sua verdadeira classificação até ao final.
A pista não está vedada ao trânsito normal de veículos, pelo que encontrar um pacato mexicano em contramão não é raro...
A planificação e localização das zonas de assistência, mudança de pilotos, abastecimentos, etc, é da responsabilidade de cada equipa, não havendo quaisquer limites excepto a obrigatoriedade das deslocações dos carros de apoio serem sempre no sentido da prova (por razões de segurança). As equipas de topo têm inclusivamente helicópteros que informam os pilotos em tempo real sobre as condições da pista metros à frente.
Há apenas a obrigatoriedade de cumprir o percurso no tempo limite máximo estipulado pela organização, que no caso da 41th Baja 500 é de 20 horas.
Actualmente já existem GPS trackers, que permitem à equipa acompanhar via internet a localização do piloto.
Prova de culto para os americanos, há pilotos que competem há dezenas de anos consecutivamente (e casos desde a 1ª edição), é comum encontrar familias inteiras a competir, com pais, filhos, irmãos a partilharem a condução do mesmo veículo ou competindo entre si.
E como os regulamentos não o proibem, há pilotos que na mesma prova participam em 2 equipas diferentes, ou seja, conduzem 2 carros diferentes ou mesmo 1 carro e 1 mota, deslocando-se de helicóptero entre os 2 veículos.
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